O início da Psicologia se dá na Grécia Antiga; tendo, sua história, aproximadamente dois mil anos. Etimologicamente, Psicologia é a união de psique (alma, mente) e logus (estudo), sendo, então, o estudo da mente, pensamento, a subjetividade humana.
De início encontramos os fisiólogos, que explicavam a vida com base em um elemento da natureza. A exemplo disso tínhamos Thales de Mileto, que foi o primeiro, acreditando que a origem é a água. Na sequência tivemos ainda Heráclito (essência é o fogo), Anaximeres (ar), Empédocles (4 elementos), até chegarmos à Pitágoras, que dizia que o número é a essência original. Particularmente respeito a opinião de Pitágoras a respeito dos números pois, de fato, a matemática possui muito em relação à constituição universal, como podemos perceber nas relações áureas desenvolvidas pelos pitagóricos, entre outros elementos.
Após os fisiólogos surgiram os sofistas. A respeito dos sofistas (lembrando que a palavra se origina de SOPHIA [arte, cultura, sabedoria]), discutiam a importância do homem na sociedade. Neste estudo encontramos Sócrates, dizendo que a principal característica humana é a razão. Através da célebre frase “só sei que nada sei”, utiliza os métodos da ironia “saudável” (perguntar, questionar, instigar, provocar) e a maiêutica (“dar a luz”, se perguntar, chego às respostas).
Na sequência, encontramos seu discípulo, Platão, que caracteriza a existência da alma separadamente ao corpo. Isso traz a idéia da imortalidade da alma. A sede da razão encontrada na cabeça. Por fim, Aristóteles, discípulo de Platão caracterizava a alma e o corpo como indissociados, ou seja, acreditando que a alma é o princípio da vida, ela padece juntamente ao corpo. Em seus estudos, concluiu três tipos de almas existentes nos homens: vegetativa, sensitiva e racional (esta última não presente nos animais).
Dando continuidade a linha temporal da Psicologia, temos a existência do cristianismo, período do império Romano, Idade Média. Nesta fase, destacamos São Tomás de Aquino, que retoma sua visão para Aristóteles, na busca da diferença entre os termos “essência” e “existência”. Acreditava que, objetivando a busca de Deus, através dos atos necessários para se concretizar esta busca, o homem poderia atingir a perfeição.
Elevando-se a progressão do desenvolvimento do estudo do psiquismo, chegamos ao Renascimento. A evolução científica e a quebra do mito do corpo humano possibilitaram seu estudo, ou seja, a Anatomia. Isto foi um grande avanço, passou-se a estudar e analisar o cérebro humano. Michelângelo, Galileu, Descartes foram nomes importantes deste período. Como o próprio nome do período transmite, foi o renascimento às ciências, após o período “escuro” da Idade Média. Ocorreu, então, o uso da Psicofísica, a Neuroanatomia, Paralelismo Psicofísico, método da auto-observação, o Intropeccionismo, etc.
Entre os anos de 1800 e 1900, encontramos o surgimento das primeiras abordagens psicológicas, nos Estados Unidos. A exemplo disso, temos o Funcionalismo, instituído por William James, que faz estudos objetivando a explicação de determinadas formas do homem agir. O Estruturalismo (Edward Tichner) com os estudos sobre as funções desenvolvidas pela mente. Por fim, o Associacionismo (Edward L. Thorndike), que seria a tese de que através de experiências vivenciadas no ambiente podemos encontrar conhecimento. Partindo, talvez para um lado de estudo mais instintivo, possuímos a Lei do Efeito, que estuda a tese de que, perante determinadas recompensar a certos comportamentos executados, pode-se gerar sua repetição. Muito profundamente a isto, podemos, até mesmo, relacionar esta Lei do Efeito, ao eterno retorno nietzcheano. A grande e constante advertência de Nietzsche a cerda da ética e de se agir, comportar de maneira essencialmente adequada (e não outorgadamente imposta em contexto social) para que, a partir disto, geremos um retorno positivo a estes fatos.
A partir do século XX, ocorreu a superação a alguns conceitos determinados, uma quebra destes modelos, paradigmas, uma revolução científica, que possibilitou a criação de novas teorias, como, o Behaviorismo, a Psicanálise, e o Gestalt.