A Psicanálise (criada por Sigmund Freud), se refere a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional.
Resistência – força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensament. Repressão – processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma idéia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma.
Inconsciente – exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência”. É constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. Pré-consciente – sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. Consciente – sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior.
A maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos.
Fases do desenvolvimento sexual: fase oral (a zona de erotização é a boca), fase anal (ânus), fase fálica (órgão sexual); em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais e, finalmente, na puberdade é atingida a última fase, a fase genital, quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas era um objeto externo ao indivíduo — o outro. No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências sucedem-se. Desses eventos, destaca-se o complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.
Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade: O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade.
Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis, protegendo, desta forma, o aparelho psíquico.
O prazer passa a ser o dado fundamental para a sexualidade humana. Para Freud, a busca do prazer é a maneira que temos para dar vazão ao forte impulso sexual que chamamos de libido. No decorrer de nossas vidas investimos energia sexual ou libido em diferentes objetos que nos dão prazer. O outro, a quem amamos, é um objeto no qual investimos libido.
O objeto do desejo, amado, é algo tão difícil, que Jacques Lacan, famoso psicanalista francês, disse que não é todo dia que encontramos aquilo que é a imagem exata de nosso desejo. Mas, quando encontramos, sabemos identificar.
A paixão é o extremo do investimento libidinal no outro, ou seja, o indivíduo investe tanta libido no outro (objeto de desejo) , que seu eu fica empobrecido e enfraquecido, a ponto de seguir e fazer tudo o que o outro desejar. É a entrega total ao outro. A amizade é um investimento de libido que foi inibida em sua finalidade genital. A homossexualidade o processo de identificação invertido que ocorre durante a formação do Complexo de Édipo
A energia sexual, para a Psicanálise, é a energia que utilizamos para tudo, é a energia responsável pela criação do que conhecemos como a civilização humana. Para que este fenômeno seja possível, é preciso transferir a energia sexual para estas produções humanas. Portanto, a civilização, criada pelo homem para garantir sua sobrevivência, impõe a ele restrições na utilização de sua energia sexual, deslocando-a para outros fins que não o estritamente sexual (sublimação).
À medida que introjetamos os valores sociais, não há mais necessidade de cintos de castidade, pois o policiamento é interno ao indivíduo. A discussão ética do significado das regras sociais e sua justa ou injusta interdição do prazer são questões que, discutidas, ajudarão a superar a angústia da culpa, que certamente trabalha no território do não-saber.